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PARCEIROS DO MGTV: VOZ DA COMUNIDADE NO TELEJORNALISMO MINEIRO - DE QUEM É O DISCURSO?
Giani David Silva, Leila Marli de Lima Caeiro

Última alteração: 2018-09-08

Resumo


Estudar a representação discursiva de comunidades de periferia por meio da análise das vozes e discutir o papel da mídia no processo de (in)visibilidade dos sujeitos sociais foram os objetivos deste trabalho. Foram analisadas três matérias dentro da categoria “Divulgação, na temática cultural do quadro Parceiros do MGTV, do telejornal MGTV 1ª edição. As matérias selecionadas: a criação de um quartinho de empregada dentro do Museu de quilombos e favelas urbanos, o "Muquifu" um grupo de teatro, o “Entre Elas”, composto por donas de casa; e o grupo de tradição religiosa de raiz africana com o “Samba da Meia-Noite”. O aporte teórico-metodológico foi Teoria Semiolinguística de Charaudeau (2014). Buscamos perceber nos discursos verbais e imagéticos, os procedimentos enunciativos, narrativos e descritivos dentro da matéria jornalística. E, por meio da categoria do ethos (MAINGUENEAU, 2008), pudemos inferir a posição que os sujeitos assumem diante de sua comunidade, refletindo-a. Foi possível perceber os imaginários e as representações sociais a partir da projeção etótica desses sujeitos. As imagens desses sujeitos são projetadas numa perspectiva que envolve uma vida de sofrimento, resistência e superação. Com isso, buscamos mostrar como as comunidades são representadas pela mídia a partir da apropriação desses discursos na construção da narrativa jornalística. Como resultado, observamos que a grande mídia se propôs a reproduzir as representações que estão amalgamadas no seio social.

Palavras-chave


Comunidades de periferia. Imaginários sociodiscursivos. Parceiros do MGTV. Telejornal. Teoria semiolinguística.